domingo, 31 de maio de 2009

Indagação tem teu nome

Como posso apaixonar-me por algo ainda tão desconhecido

Como  posso apaixonar-me por um jeito que se apresentou a 5 minutos, entretanto tão íntimo para mim

Como consegui me despir tão rapidamente

Falo da minha alma, mas teria me despido roupadamente  na mesma velocidade

Ainda não posso obter respostas, se não tenho quem as responda

Tenho somente indagações, de como?

Como posso passar o dia vendo um sorriso misterioso e fácil, um sorriso que

se abria e me mostrava toda sua essência, um movimento mandibular embriagado

Como posso voar se nem consigo me levantar (a melhor posição para se remeter lembranças é deitado), só almejo pensar naqueles movimentos

Como posso sentir tanto medo de ficar no “amor inventado”

Como posso querer uma voz cantando e ativando meus sentidos

se tais melodias não eram para os meus ouvidos

Eu, uma desconhecida para aquele corpo

Aquele corpo, já tão desejado, como se fosse meu

Como se eu o tivesse vasculhado há muito tempo

Como posso sentir uma sede tão grande daquele encontro de bocas, achado em um ambiente até então vazio, mas que em uma batida de asas tornou-se tão completo

Cadê o retorno de tais indagações? Não sei

Minha única afirmação é que tentarei me transportar todos os dias para pensamentos tão longe de mim

E que ficarei esperando ouvir tua voz via satélite

 

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